Resgate da história da Capoeira, Samba e Jongo. Assim ficou marcado o Banzumbi 2010, que ocorreu na quadra do Colégio Santa Catarina. Cerca de vinte e cinco pessoas compareceram ao evento que mostrou um lado pouco explorado das manifestações culturais brasileiras.
O curso ministrado pelo Mestre Banzo, do Grupo Cordão de Ouro- Petrópolis, contou com palestras, oficinas e é claro, muita capoeiragem. Os fundamentos da Capoeira e todo o seu mistério iniciou o evento. A importância dos gestos, o respeito para com o adversário e a soberania do berimbau foram apresentados pelo Mestre como a essência desta luta desenvolvida pelos escravos.
Mestre Banzo ressaltou que o primeiro sistema de graduação criado por Mestre Bimba, tinha a medalha e o lenço como símbolos do crescimento dentro da arte. Ele lembra da importância do resgate da cultura para preservar a essência do ensinamento. “Está acontecendo uma perda dos fundamentos. Hoje só querem florear na roda. Nem todo dia é dia de guerreiro”, disse.
Pelos bastidores da Casa Grande
Desvencilhar a Capoeira da marginalidade não foi tarefa fácil. Muitas pessoas, brasileiros inclusive, em pleno século vinte e um ainda desvalorizam e olham torto quando passam por uma roda de Capoeira. Imagine há cinco séculos atrás? Quando os negros trazidos do continente africano, principalmente de Angola, eram obrigados a trabalhar nos canaviais nordestinos?
Os negros viram na mistura de dança com luta uma forma de se defenderem da violência e repressão dos colonizadores portugueses. A música disfarçava a verdadeira malícia dos passos escondidos por trás da dança. A Capoeira era praticada nas proximidades da senzala e tinha como principal função a resistência da cultura e saúde física e mental do negro. A 'vadiagem', como é conhecida, ocorria em clareiras ou capoeiras no meio de arbustos, daí surgiu o nome da luta.
Na parte II um pouco sobre Mestre Pastinha e Mestre Bimba.
Assessoria de Comunicação Cordão de Ouro Petrópolis
Histórias da capoeira que só os que viveram podem contar, e temos a honra de ouvir os ensinamentos de quem valoriza profundamente os antigos e de viver sob esses ensinamentos de resistencia e cultivo continuo da liberdade.
ResponderExcluirsó temos a agradecer ao mestre Banzo e a capoeira por nos permitir essas experiencia.
Ie viva meu mestre
Ie viva a capoeira
axé a todos os capoeiras de antes, hoje e de sempre.